
Dentro do meu quarto,meu palco
que me abro a qualquer cena
Sonho com flores, abraços, calores,
Reflito no tempo
Escrevo poemas.
A janela aberta é a iluminação dessa novela
Brilha muito, traz de fora, roda o esquema
O dia frio faz sua função
Ao trazer o vento gelado
Por ele me encolho, aí fico a salvo
A cortina,queria,
que fosse o sinal do meu agrado
Uma bandeira branca
No pensamento, nos atos
Se a enxergasse entenderia
que só após o pôr do sol acobreado
ela se sacode
A alegria de ter sido aquecida e mirada com verdadeiros e redondos olhos
Meu único sinal de rendida
balança desempedida,
Pois fora disso me amedronta o coração
não o posso
Enquanto chacoalha
Reflete a paz preterida
A alegria não vivida
Pra um dia, sim, enfim se aquietar escondida
Ao se fechar pra intimidade
Ao contrário do lado que é vista